O Grupo Prerrogativas, formado há uma década como um espaço de resistência às práticas da Operação Lava Jato, anunciou que tomará medidas contra Nikolas Ferreira (PL-MG) no Ministério Público Federal (MPF) e no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Reunindo cerca de 250 advogados e juristas de perfil progressista, o grupo tem ampliado sua presença tanto no Executivo quanto no Judiciário durante o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a posse do presidente, o “Prerrô”, como é conhecido, conseguiu emplacar representantes em altos cargos de ministérios, tribunais superiores e regionais, além de órgãos e autarquias
Entre os integrantes do Prerrogativas que assumiram posições de destaque no governo estão Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União), Anielle Franco (Igualdade Racial), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Haddad (Fazenda), o grupo também contou com a nomeação de seu ex-membro Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), exonerado devido a acusações de assédio sexual.
Além disso, figuras ligadas ao grupo ocupam posições estratégicas em ministérios, como Manoel Carlos de Almeida Neto e Sheila de Carvalho no Ministério da Justiça e Guilherme Mello no Ministério da Fazenda.
No Judiciário, o Prerrogativas também deixou sua marca com a nomeação de Daniela Teixeira como ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Vera Lúcia Araújo como ministra substituta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Antônio Fabrício Gonçalves no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Ano passado, a advogada Gabriela Araújo, coordenadora-adjunta do grupo, foi escolhida para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em um movimento visto como um símbolo do prestígio do Prerrô.
