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O preço das falas de Lula

De defasagem da gasolina até expectativas inflacionárias, o preço da ofensiva de Lula ao BC começa a se manifestar.

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R$5.70.

Essa foi a marca que o dólar atingiu no início deste mês, devido aos diversos ruídos políticos protagonizados por Lula e pela base governista.

O patamar, impensável para alguns, considerando a taxa de juros vigente de 10,5%, demonstra o potencial de degradação possível das ideias promulgadas pelo presidente Lula.

Mesmo considerando uma contribuição do dissenso do COPOM em tal cotação, é inegável que o fator majoritário para tal feito tem como origem o Palácio do Planalto.

Com declarações frequentes, em rádios e palanques, Lula conduziu uma alta que nenhuma das 90 instituições financeiras foi capaz de projetar no início de 2024.

Embora o estado atual do mercado indique um ambiente mais equilibrado e otimista após o anúncio dos cortes nas despesas obrigatórias, uma coisa é fato: a volatilidade não sairá de graça.

Em uma conta que chega com meses de atraso, o preço da arrogância e prepotência de Lula sobre os agentes de mercado será cobrado, e tal preço já entrou no radar dos investidores.

Nesta segunda-feira, o Boletim Focus registrou a nona elevação consecutiva da expectativa do IPCA 2024, que agora atinge 4,02%.

Apelidada de ‘inflação contratada’ por alguns, a movimentação da mediana das projeções das instituições pesquisadas pelo BC pode ser, em parte, atribuída à elevação do câmbio.

Outro efeito, que exerce influência de maneira mais prematura, está relacionado à defasagem dos combustíveis no país, diretamente correlacionada com o câmbio.

No dia 24 de junho, com o dólar cotado a R$5,40, a defasagem da gasolina era de 12%, número que, alavancado pela alta do dólar, se posiciona em 18% nesta segunda (08), diante de uma alta de 2% no petróleo no mesmo período.

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