Nesta sexta-feira, o Congresso da Argentina concedeu ao presidente Javier Milei sua primeira grande vitória legislativa, aprovando seu pacote de reformas econômicas pró-negócios após um longo debate. O pacote inclui a reinstalação do imposto de renda sobre salários, que havia sido extinto por Fernandéz durante o período eleitoral, em uma medida que visa aumentar a arrecadação em meio à crise econômica do país.
A aprovação veio após meses de discussões acaloradas e protestos, refletindo a polarização do cenário político argentino.
Milei, que tem minoria em ambas as casas do Congresso, enfrentou grandes desafios para conseguir a aprovação das reformas. Apesar disso, o governo celebrou a aprovação, com Milei proclamando que este é “o maior ajuste fiscal não apenas da história da Argentina, mas da história da humanidade”.
Com essa vitória, ele agora pode declarar um estado de emergência econômica de um ano, desmantelar agências federais e privatizar diversas empresas públicas.
Além de privatizações e medidas de desburocratização, o pacote inclui incentivos fiscais, aduaneiros e cambiais para atrair investimentos, em um esforço para revitalizar a economia em crise. A aprovação inicial do projeto de lei foi marcada por confrontos violentos entre manifestantes e a polícia, demonstrando a tensão social em torno das reformas.
Para conseguir a aprovação final, o governo fez concessões significativas, removendo a Aerolineas Argentinas, o correio argentino e a Radio y Televisión Argentina (RTA) da lista de empresas a serem privatizadas. Além disso, retirou uma controversa reforma previdenciária que teria prejudicado trabalhadores informais, que representam quase metade da força de trabalho do país. Essas mudanças foram cruciais para garantir o apoio necessário no Congresso.