Após finalizar a sexta-feira com a quarta queda semanal consecutiva, o Ibovespa novamente abre no vermelho, perdendo a marca dos 119 mil pontos nesta segunda-feira.
O dólar se encaminha para renovar suas máximas, atingindo a região dos R$ 5,42.
No meio do turbilhão das projeções negativas e da desilusão do mercado com o plano econômico do governo petista, Lula se reúne com seus ministros nesta manhã, buscando discutir propostas de estabilização fiscal. Haddad, Tebet, Dweck e Rui Costa são os nomes convocados, protagonizando entre si o cabo de forças que tem balançado a economia brasileira neste ano.
Dentre as várias peças do gigantesco tabuleiro político da cúpula petista, o principal duelo tem sido entre Fernando Haddad e Rui Costa.
Dinâmica marcada no presidencialismo brasileiro, a disputa entre ministros da Fazenda e ministros da Casa Civil se tornou corriqueira em diferentes governos.
‘Inaugurada’ por Pedro Malan e Clóvis Carvalho durante o governo FHC, ela se estendeu propriamente para os mandatos do governo de Lula, com o atrito entre Palocci e Zé Dirceu. Uma década e meia depois, o desalinhamento se repete, transparecendo cada vez mais para fora dos bastidores.
Rui Costa, desenvolvimentista convicto, juntamente com Alexandre Silveira (Ministro de Minas e Energia), faz contraste direto com a tentativa de controle fiscal exercida por Haddad e Simone Tebet.
Entre atropelos em eventos e disputas por influência em frente aos microfones, a tensão se agravou durante a fritura de Jean Paul Prates na Petrobras, em um processo coordenado por Rui Costa e Silveira que posteriormente resultou na demissão de Prates.
Haddad, por sua vez, fez questão de repetir em diversas ocasiões que ‘assistiu de longe’ o imbróglio, lavando as mãos sobre tal decisão. Nas entrelinhas da demissão, o mercado se assustou não somente com as mudanças nos direcionais da companhia, mas também com uma possível ascensão da vertente fiscal expansionista no governo. Rui Costa, assim como boa parte do PT, deseja repetir a velha (e falha) receita econômica de déficits contínuos em prol de investimentos estatais e políticas de bem-estar social.
Já Haddad, traz consigo determinado bom senso quando o assunto é política fiscal, falando muito e realizando pouco, consolidando cada vez mais sua incapacidade e ineficiência em se projetar nas decisões do executivo.
Em síntese, o futuro próximo brasileiro é o palco de uma batalha entre o incapaz e o burro convicto.