No mar de pessimismo que abrange todo mercado financeiro brasileiro neste início de ano, Christian Keleti, ex-sócio da Hedging-Griffo e CEO da gestora Alpha Key, expôs alguns dos estudos realizados pela gestora em um post no X.
Elucidando a inexistência de qualquer intenção de cravar um ‘fundo’ do mercado, Keleti arranhou uma previsão sobre a eventual inversão do mercado.
Segundo o gestor, a Bolsa brasileira enfrenta um momento de escassez, e essa falta de liquidez pode criar oportunidades únicas no futuro, a ‘seca’ de ativos de qualidade se traduz em cerca de 218 empresas, em toda bolsa, que possuem um valor de mercado acima de R$300 milhões.
Além disso, os programas agressivos de recompra de ações têm contribuído para reduzir ainda mais o free float – a parcela de ações disponíveis para negociação. Desde 2022, foram R$ 55 bilhões em recompras, um número que, segundo as contas da Alpha Key, pode chegar a 5% do mercado disponível. Com essa retração, investidores enfrentam um cenário cada vez mais restrito, especialmente considerando que boa parte das empresas listadas hoje tem um valuation baixo ou enfrenta dificuldades operacionais.
A conclusão é clara: embora o momento atual seja marcado pela incerteza e pessimismo, quando o mercado virar – e isso vai acontecer, eventualmente –, a quantidade de ações disponíveis será insuficiente para atender à demanda. O resultado pode ser uma alta explosiva em ações de boas empresas, que hoje estão subvalorizadas, criando uma oportunidade rara para quem se posicionar antes da virada.