A Azul está avaliando diversas alternativas para enfrentar suas dificuldades financeiras, que incluem desde a emissão de ações até a possibilidade de um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, conhecido como “Chapter 11”. A empresa busca maneiras de cumprir suas obrigações de dívida que estão próximas de vencer, segundo informações obtidas pela Bloomberg News de fontes com conhecimento do assunto.
Embora o Chapter 11 esteja sendo considerado, a Azul pretende evitar essa medida drástica. A companhia está trabalhando com o Citigroup (C) para viabilizar uma potencial oferta de ações, ao mesmo tempo em que consulta o Citi sobre um possível contrato de fusão com a Gol (GOLL4). Além disso, a empresa estuda a emissão de novas dívidas através de sua unidade de carga, embora representantes do banco americano e da Azul não tenham comentado sobre o assunto.
A fusão com a Gol é uma das alternativas em análise pela Azul, que acredita que a união das empresas poderia convencer os credores de que a nova companhia teria menores níveis de dívida e melhores perspectivas de crescimento. No entanto, essa abordagem enfrenta resistência devido às urgentes necessidades de caixa da Azul e seus resultados financeiros fracos, o que a torna uma opção menos atrativa.
A Azul é a única entre as grandes companhias aéreas brasileiras que não pediu proteção contra credores após a pandemia de COVID-19, diferentemente de outras companhias da região, como Avianca, Latam Airlines e Grupo Aeromexico. Apesar de conseguir adiar seus vencimentos por meio de uma troca de títulos em junho de 2023, a empresa ainda enfrenta altas obrigações de leasing e juros sobre sua dívida, especialmente com a desvalorização do real, que elevou os custos de leasing e de combustível, ambos atrelados ao dólar.
