O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira que a governança da Vale é ineficiente, destacando que a dispersão do capital e a falta de um acionista de referência dificultam o diálogo com o governo e comprometem o desempenho da empresa.
Durante uma entrevista, Silveira ressaltou que essa ausência de um acionista principal afeta negativamente a relação com o poder público e retarda a resolução de questões cruciais, como o acordo de Mariana.
“Você não tendo um acionista de referencia, as empresas tem menos resultados, mais dificuldade na relação necessária com o poder público, e isso atrasa questões fundamentais para a a sociedade –como, no caso especifico da Vale, o acordo de Mariana”, declarou.
Na segunda-feira (26 de agosto de 2024), a Vale anunciou Gustavo Pimenta, atual diretor financeiro, como seu novo CEO, a partir de janeiro de 2025. Apesar de a escolha ter sido respaldada por representantes do governo no Conselho de Administração, Silveira enfatizou o desejo do governo de ver um nome mais forte na liderança da mineradora.
Ele acredita que a nomeação de Pimenta, que é mineiro, pode agilizar a resolução dos impasses em torno do desastre de Mariana, além de fortalecer a transparência e o alinhamento da empresa com as expectativas governamentais.
