Promotores dos Estados Unidos sugeriram que o Departamento de Justiça (DoJ) apresente acusações criminais contra a Boeing, citando graves violações de um acordo relacionado aos acidentes fatais envolvendo o modelo 737 Max, ocorridos em 2018 e 2019, que resultaram em 346 mortes.
Detalhes da Recomendação dos Promotores
Segundo a BBC, a recomendação dos promotores não é definitiva, e os detalhes sobre possíveis ações criminais ainda não foram divulgados. A Boeing, por sua vez, não comentou diretamente sobre as recomendações, mas anteriormente negou qualquer violação do acordo de adiamento do processo.
Prazos e Pressões
O DoJ tem até o dia 7 de julho para decidir se seguirá em frente com o processo criminal contra a fabricante de aviões. Recentemente, os familiares das vítimas dos acidentes pediram aos procuradores que imponham uma multa recorde de 25 bilhões de dólares (23 bilhões de euros) contra a Boeing e prossigam com as acusações criminais.
Histórico do Acordo e Violações Alegadas
Em 2021, a Boeing concordou em pagar um acordo de 2,5 bilhões de dólares (2,3 bilhões de euros) para evitar futuras acusações criminais, com a condição de cumprir rigorosas diretrizes de conformidade ética e regulatória. No entanto, o DoJ afirma que a empresa não implementou efetivamente essas diretrizes, violando o acordo.
Audiência e Críticas Recentes
Na semana passada, o presidente-executivo cessante da Boeing, Dave Calhoun, foi duramente criticado por senadores americanos durante uma audiência. Ele defendeu que a empresa aprendeu com os erros do passado e adotou medidas para melhorar a segurança e a ética corporativa. Contudo, os legisladores questionaram se essas mudanças foram suficientes para corrigir uma cultura supostamente marcada por retaliação e falta de transparência dentro da empresa.
