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Por dentro dos FIIs

Confira os resultados dos maiores fundos imobiliários do mercado condensados em apenas 1 gráfico:

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Texto de Paulo Almeida de @PauloDoGrafico

Abril foi um mês movimentado para os Fundos Imobiliários (FIIs), com vários deles apresentando resultados financeiros robustos e consistentes. Vamos analisar, nos gráficos, o desempenho dos seis fundos imobiliários com maior número de cotistas do mercado. Esses resultados refletem a resiliência dos FIIs em um cenário econômico desafiador, marcado por ajustes na Selic e variações no IPCA e IGP-M.

O Fundo Maxi Renda FII, administrado pela XP Asset, registrou uma receita de R$ 36,96 milhões e despesas de R$ 2,76 milhões, resultando em um lucro líquido de R$ 34,20 milhões.

O fundo distribuiu R$ 33,46 milhões aos cotistas, mantendo a distribuição de R$ 0,10 por cota, o mesmo valor do mês anterior. As receitas provenientes de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) foram o destaque, somando R$ 28,95 milhões.

Com um patrimônio líquido de R$ 3,26 bilhões e 334.655.892 cotas em circulação, o MXRF11 demonstra solidez e consistência.

O Fundo CSHG Logística FII, da Credit Suisse, teve uma receita de R$ 37,7 milhões e despesas de R$ 6,66 milhões, com um resultado final de R$ 35,99 milhões.

O fundo distribuiu R$ 37,2 milhões, equivalente a R$ 1,10 por cota. A receita de locação, especialmente do aluguel trimestral da Volkswagen, foi um dos principais contribuintes.

Com um valor de mercado de R$ 5,6 bilhões e um valor patrimonial de R$ 157,06 por cota, o HGLG11 se destaca pela eficiência na gestão de seus ativos.

O Fundo XP Malls FII, da XP Assets, registrou uma receita de R$ 42,8 milhões e despesas de R$ 7,62 milhões, resultando em um lucro líquido de R$ 35,18 milhões.

Distribuiu R$ 36,6 milhões, ou R$ 0,92 por cota, 1,10% a mais que no mês anterior. A receita imobiliária foi o grande destaque, contribuindo com R$ 42,83 milhões.

Com um patrimônio líquido de R$ 6,13 bilhões e uma valorização da cota patrimonial em R$ 110,83, o XPML11 continua atraindo investidores.

O Fundo Valora Hedge Fund, da Valora Investimentos, teve uma receita de R$ 17 milhões e despesas de R$ 2,45 milhões, gerando um lucro de R$ 15,75 milhões.

Distribuiu R$ 14,8 milhões, ou R$ 0,09 por cota, mantendo o mesmo valor do mês anterior. Os CRIs foram a principal fonte de receita, com R$ 12,87 milhões.

O valor patrimonial da cota foi de R$ 9,15, demonstrando estabilidade mesmo diante das flutuações do mercado.

O Fundo Capitania Securities II, da Capitânia Investimentos, registrou uma receita de R$ 32,6 milhões e despesas de R$ 7,13 milhões, com um lucro líquido de R$ 25,47 milhões.

Distribuiu R$ 25,4 milhões, ou R$ 0,08 por cota, 9,59% a mais que no mês anterior. A diversificação das receitas, com destaque para os juros e a negociação de CRIs, foi crucial para a performance do fundo.

Com um patrimônio líquido de R$ 2,85 bilhões e um valor patrimonial de R$ 8,98 por cota, o CPTS11 mostra uma administração prudente e estratégica.

O Fundo BTG Fundo de Fundos teve uma receita de R$ 12,2 milhões e despesas de R$ 2,22 milhões, resultando em um lucro líquido de R$ 14,1 milhões.

Distribuiu R$ 14,1 milhões, ou R$ 0,077 por cota, 5,48% a mais que no mês anterior. As receitas de FIIs foram a principal fonte de rendimento, com R$ 12,19 milhões.

Com um patrimônio líquido de R$ 1,94 bilhão e 354.800 cotistas, o BCFF11 continua a se destacar pela robustez na geração de receitas.

Abril de 2024 trouxe um cenário misto para os Fundos Imobiliários. O IFIX registrou uma variação negativa de 0,77%, refletindo a incerteza no mercado financeiro. Apesar disso, a redução da Selic para 10,50% ao ano e a leve baixa na expectativa de inflação para 3,72% são fatores que podem favorecer o mercado imobiliário no longo prazo.No entanto, os desafios não podem ser ignorados. A alta do IGP-M e a aceleração dos preços de unidades residenciais indicam pressões inflacionárias persistentes. Além disso, o cenário internacional, com aumento dos juros nos EUA e incertezas geopolíticas, adiciona uma camada de complexidade ao mercado.

Para os investidores, é essencial manter um olhar atento tanto nas condições macroeconômicas quanto nas estratégias específicas de cada fundo.

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