Truth is like poetry. And most people f*cking hate poetry.

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Para inglês ver

Em seu primeiro ato, Magda diz ao mercado exatamente o que ele quer ouvir, com palavras que provavelmente não têm valor nem significado real.

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Aprovada pelo conselho para assumir a presidência da Petrobras na última sexta-feira, Magda Chambriard realizou sua primeira coletiva de imprensa na segunda-feira.

Em um discurso surpreendente, Magda se encarregou de dizer o que o mercado de fato desejava ouvir.

Dividendos e direção em conjunto com a visão dos acionistas foram alguns dos tópicos defendidos pela presidente, delineando uma linha tênue entre conduta de mercado e o chamado ‘olhar social’.

O discurso foi bem recebido pelo mercado, com alguns dos principais sell-sides desenhando cenários positivos sobre a perspectiva da companhia.

Em relatório, o BTG afirmou que ‘há poucas evidências de que a nova gestão não seguirá uma lógica econômica’, além de garantir que a ‘nova CEO não sacrificará a rentabilidade da empresa’.

Por outro lado, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um dos principais responsáveis pela substituição de Prates e pela escolha de Magda, não poupou críticas à visão de mercado da Petrobras.

Apontando a queda das ações como ‘marola’ e questionando a necessidade de lucro da companhia, Silveira alegou que Magda ‘entendeu o debate entre o governo e a Petrobras’ após seu discurso.

Embora o primeiro movimento de Magda no tabuleiro tenha sido enxergado com otimismo por alguns, o momento e a percepção do mercado sobre as decisões do governo são totalmente diferentes das de alguns meses atrás.

As falas de Magda, que se assemelham a algo ‘scriptado’, formulam um clássico ‘para inglês ver’, em uma estratégia de ancorar as expectativas iniciais sob premissas que não coincidem nem sequer com as virtudes já exibidas pela mesma anteriormente.

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