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Na Petrobras quem queria mais roubava, diz ex-conselheiro

Membro do conselho da Petrobras durante sua reestruturação, Guilherme Affonso aponta para subversão de valores do antigo comando da companhia.

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Considerado um dos maiores investidores da bolsa brasileira, Guilherme Affonso é uma figura notável tanto por sua trajetória ativa como investidor quanto por sua atuação em diversos conselhos de empresas listadas.

Uma de suas passagens em conselhos foi justamente na Petrobras, no período de 2015 a 2018, marcado pelo processo de reestruturação da companhia após os sucessivos escândalos expostos pela operação Lava Jato.

Em um podcast realizado pelo Market Makers, Guilherme Affonso detalhou sua experiência na companhia, descrevendo-a como ‘70% do meu tempo, 5% do meu salário e, se me convidassem novamente, eu faria de novo’.

Sob a presidência de Pedro Parente, que, segundo Affonso, é o grande protagonista da recuperação da empresa, ele afirma que ‘toda semana abríamos um armário e achávamos um cadáver’.

O ‘cadáver’ refere-se aos famosos elefantes brancos, ativos que demandaram investimentos bilionários e que acabaram inacabados, com um valor corrente inferior ao investimento em si.

Aprofundando-se nos fatores causais de toda crise, financeira e moral, da companhia, Affonso reforça alguns dos paradigmas que descobriu durante sua atuação na empresa.
Segundo ele, na Petrobras ‘meritocracia é algo que nunca nem passou pela cabeça de ninguém, porque lá, quem queria mais roubava’.

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