Após cair 12% na última semana, a Petrobras inicia a segunda-feira com uma alta tímida de 0,3%, em um momento no qual o mercado ainda navega por um processo de digestão e interpretação da trama.
Reafirmando a profundidade da mudança de rumo da estatal, narrativas em torno de uma batalha interna por poder no governo começaram a ganhar destaque, apontando para um conflito entre Haddad e a dupla Rui Costa-Alexandre Silveira.
Dado o andar da carruagem, confirma-se cada vez mais que a mudança na Petrobras trata-se de um novo rumo adotado pela cúpula governamental.
O contexto é apontado como uma ‘mudança estrutural‘ para Rodrigo Natali, CIO da gestora Skopos.
Segundo ele: ‘A relação entre mercado e governo está mudando, e é provável que isso traga mais prêmio de risco para os ativos, principalmente para a Petrobras’.
Em sua argumentação, o gestor destaca como os pilares da boa relação do governo com o mercado em 2023 estão sendo minados, sendo eles a própria Petrobras e a responsabilidade fiscal.
Agora, com as mudanças das metas fiscais e uma Petrobras com determinada inclinação política, o incentivo para o governo buscar apoio do mercado é reduzido.
Dessa maneira, Natali afirma que o novo comando da Petrobras deve ‘não se preocupar com as quedas das ações’, em um movimento que demarca a nova dinâmica entre as partes.