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As reações da Faria Lima sobre o COPOM

Apanhado de comentários de membros das principais instituições financeiras evidenciam que existem mais dúvidas do que respostas.

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Após um dissenso entre os membros do COPOM, o mercado enfrenta uma quinta-feira estressante, diante de uma queda de -1,3% no Ibovespa, alta de 1,4% no dólar e uma curva de juros volátil.

A polarização entre o comitê gerou insatisfação de personalidades governistas e de figuras do próprio mercado financeiro, como Pedro Cerize, que descreveu Campos Neto como ‘um dos piores presidentes que o BC já teve’.

A percepção negativa da condução do BC ganhou destaque após a decisão, exibindo a criação de novas dúvidas sobre o horizonte monetário brasileiro.

Com isso em vista, cautela foi a virtude que baseou os comentários de membros das principais instituições financeiras do Brasil, elencados abaixo:

  • Fernando Gonçalves, Itaú: Apenas um voto a mais para 0,25pp “é pouco”, traz “dúvida sobre condução à frente”; ficou a sinalização de um Copom mais propenso a corte do que se imaginava, e isso pode inclinar a curva e ter impacto no câmbio
  • Fernando Ferreira, XP: Dissenso na decisão pode trazer uma discussão sobre qual será a postura após 2025 e pode ter algum tipo de pressão ou prêmio de risco embutido na parte mais longa da curva
  • Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira, JPMorgan: Devemos esperar que a ata lance mais luzes sobre a divergência do Copom
  • Luis Cezário, Asset 1: É possível que os agentes considerem que a política monetária nos próximos anos passará a mirar intervalo entre a meta e o teto da banda, o que faria com que as expectativas de inflação caminhassem em direção ao teto
  • David Beker, BOFA: Menção de riscos fiscais, piora da projeção de inflação de 2025 e o tom dependente de dados para ajustes adicionais estão entre os elementos mais hawkish
  • Laiz Carvalho, BNP: Dissidência pode trazer incerteza sobre 2025, já que os membros votantes a favor de 0,50pp eram indicados do atual governo; expectativa de Copom dovish em 2025
  • Tatiana Pinheiro, Galapagos: Apesar do grande dissenso, o comunicado foi duro
  • Carla Argenta, CM Capital: Decisão dividida mostra que existe uma diferença de leitura sobre como a política monetária deveria ser conduzida
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