Em uma semana de agenda movimentada pela decisão do BC, o mercado acabou sendo surpreendido com as declarações de Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset Management.
Figura anteriormente conhecida por um olhar caridoso sobre a gestão de Lula e Fernando Haddad, Stuhlberger trouxe surpresa ao demonstrar de maneira extremamente sonora sua insatisfação com as decisões do governo em 2024.
Alegando que o ano em questão é ‘extremamente frustrante e decepcionante’, o maior gestor do país não poderia ter sido mais claro em sua mensagem: stop.
Nos últimos meses, diante de decisões fiscais como a LDO de 2025, que alterou os regimes de metas fiscais, o desembarque de figuras anteriormente coniventes com o plano de governo petista tem ganhado destaque.
O primeiro a pular do barco foi Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda do Brasil, que antes mesmo do início do mandato de Lula, desejou ao mercado ‘boa sorte’ e alegou que Lula ‘Dilmou’, em meados de novembro de 2022.
Logo em sequência a declaração de Meirelles, Armínio Fraga, ex-presidente do BC, exibiu suas preocupações declarando que votou em Lula, mas estava ‘com medo’.
O pé atrás de Armínio foi reforçado neste ano, com o economista alegando que o ‘Brasil deveria ter sido rebaixado’ no rating de crédito da Moody’s.
Também neste ano, André Esteves, sócio do BTG, teve declarações dadas em um jantar em Lisboa vazadas, exaltando que a reeleição de Lula ‘é dificílima’, e que Lula é ‘muito mais ideológico do que nos primeiros mandatos’.
O último a abrir mão, ou melhor, virar a mão, foi justamente Stuhlberger, que junto com as fortes críticas também anunciou a revisão da exposição dos fundos da Verde na bolsa brasileira.
Em suma, a Faria Lima agora enfrenta uma realidade óbvia, mas que foi fonte de surpresa para alguns, o fato de que o Presidente da República é Luís Inácio Lula da Silva.
