O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar publicamente Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), afirmando que sua “demissão pode não vir rápido o suficiente”. Em uma postagem recente na rede TruthSocial, Trump acusou Powell de ser “sempre atrasado e errado” nas decisões de política monetária.
Trump critica atraso na redução dos juros nos EUA
Segundo Trump, enquanto o Banco Central Europeu já iniciou cortes nas taxas de juros — sete vezes seguidas —, o Fed continua hesitando. Para o ex-presidente, a economia americana já estaria pronta para uma redução nas taxas, especialmente diante da queda no preço de petróleo, alimentos e outros bens essenciais.
Trump também destacou que os Estados Unidos estão “se beneficiando das tarifas”, sugerindo que a política de juros elevados é desnecessária neste momento.
Powell pode ser demitido?
Legalmente, o presidente dos Estados Unidos não pode simplesmente demitir o presidente do Federal Reserve por discordâncias políticas. A legislação exige “justa causa”, como má conduta ou negligência grave, para uma demissão.
Historicamente, tentativas de interferência política no Fed, como nos tempos de Richard Nixon e Ronald Reagan, fracassaram.
Apesar disso, fontes próximas ao governo Biden indicam que o Tesouro americano já estuda possíveis sucessores para Jerome Powell a partir do outono americano (entre setembro e dezembro de 2025).
A relação conturbada entre Trump e o Federal Reserve
Desde o início de sua gestão, Trump criticou repetidamente o Federal Reserve, acusando o órgão de prejudicar sua política econômica. Em 2019, a credibilidade da independência do Fed foi abalada após publicações sugerirem que decisões poderiam ser influenciadas para afetar as eleições.
Agora, com as eleições presidenciais americanas de 2024 se aproximando, Trump volta a colocar pressão pública sobre Powell — em um momento em que as expectativas do mercado já cobram respostas do Fed para a trajetória dos juros nos EUA.
Conclusão
O ataque de Trump a Jerome Powell reacende o debate sobre a independência do Federal Reserve e o futuro da política monetária americana.
Com a economia global em alerta e eleições à vista, cada movimento do Fed — ou cada postagem de Trump — poderá impactar diretamente os mercados nos próximos meses.