O governo federal trabalha para tranquilizar o mercado financeiro ao afirmar que não pretende anunciar cortes de gastos antes de abril, apesar das declarações do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sobre possíveis novas medidas fiscais. A estratégia busca evitar efeitos negativos na economia, como os registrados no ano passado, quando atrasos e críticas às medidas fiscais afetaram os indicadores econômicos. A decisão de aguardar até abril baseia-se na necessidade de concluir a análise do relatório de receitas e despesas em março.
Fontes do Ministério da Fazenda defendem que, antes de propor novas medidas ao Congresso, é essencial esperar pela aprovação do Orçamento de 2024 e avaliar os resultados do pacote fiscal aprovado no ano passado. A expectativa é que essas medidas possam gerar uma economia superior aos R$ 69,8 bilhões inicialmente projetados para 2025 e 2026. Ainda assim, o governo considera fundamental analisar cuidadosamente o cenário fiscal antes de adotar qualquer ação estrutural adicional.
Enquanto isso, medidas acessórias estão sendo avaliadas para demonstrar compromisso com a austeridade fiscal. Entre as ações estudadas está a possibilidade de limitar os gastos dos ministérios a um dezoito avos do orçamento até que a peça orçamentária seja aprovada. Essas medidas, que não dependem do aval do Congresso, são vistas como formas de transmitir responsabilidade fiscal no curto prazo enquanto o governo ajusta sua estratégia econômica.