A Argentina anunciou um acordo de recompra de US$ 1 bilhão com cinco credores internacionais, uma medida que promete fortalecer as reservas internacionais do banco central do país. Este acordo surge como um passo estratégico crucial para a gestão do presidente Javier Milei, que enfrenta o desafio de estabilizar a segunda maior economia da América do Sul em meio a uma crise cambial e fiscal. A operação, amplamente conhecida como “repo”, terá duração de dois anos e quatro meses, segundo comunicado da autoridade monetária argentina.
Entre os participantes do acordo estão importantes instituições financeiras globais, como o Citigroup, JPMorgan Chase, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Santander e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC). Esses bancos desempenharão um papel vital ao injetar recursos que permitirão ao país recompor as reservas internacionais, um movimento essencial para conter a volatilidade do peso argentino e reforçar a confiança dos investidores. A participação dessas instituições ressalta o interesse do setor financeiro internacional em colaborar com soluções para a economia argentina, apesar dos riscos associados.
O presidente Milei, que assumiu o cargo recentemente, tem apostado em reformas audaciosas para reorganizar a economia do país, incluindo a dolarização e cortes de gastos públicos. Este acordo de recompra é visto como um alívio temporário, mas necessário, para lidar com os desafios imediatos, como o déficit fiscal crescente e a inflação descontrolada. Ainda assim, especialistas alertam que o impacto positivo dessa operação dependerá de uma execução eficiente das reformas estruturais prometidas pelo governo argentino.
