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IFI aponta necessidade de esforço de R$65 bilhões para zerar rombo

Instituição aponta necessidade de um superávit de R$36 bilhões até o final de 2024 para o cumprimento da meta fiscal.

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A Instituição Fiscal Independente (IFI) destacou que, para zerar o déficit primário em 2024, o governo precisará realizar um “esforço fiscal adicional” de R$ 64,8 bilhões. Esse montante pode ser alcançado através do aumento de receitas, corte de despesas, ou uma combinação das duas estratégias. Além disso, a IFI ressaltou que será necessário atingir um superávit de R$ 36 bilhões entre agosto e dezembro de 2024 para garantir o cumprimento da meta fiscal.

Em resposta, o governo Lula já implementou medidas para conter o déficit, incluindo um congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento, com R$ 11,2 bilhões bloqueados em despesas discricionárias e um contingenciamento adicional de R$ 3,8 bilhões. Essas ações buscam manter o déficit dentro do limite de 0,25% do PIB, estipulado para 2024.

No entanto, o diretor-executivo da IFI, Marcus Pestana, já sinalizou que novas medidas de contenção poderão ser necessárias. Ele mencionou a possibilidade de um segundo congelamento de aproximadamente R$ 14 bilhões no segundo semestre de 2024, em complemento aos cortes já realizados, para assegurar que a meta fiscal seja atingida.

A IFI também destacou que, apesar dos esforços para zerar o déficit, a implementação de políticas públicas, como a valorização do salário mínimo, pode representar um desafio fiscal no longo prazo. Estima-se um gasto adicional de R$ 1,7 trilhão em 10 anos, o que poderia comprometer a sustentabilidade do novo arcabouço fiscal caso não seja gerenciado com cautela.

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