O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a arrecadação no primeiro semestre de 2024 superou as expectativas. Embora os números completos só sejam divulgados na quarta-feira (24 de julho de 2024), o secretário antecipou que a arrecadação federal cresceu 13,6% em valores nominais e 9,08% acima da inflação nos primeiros seis meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Em particular, quando se compara junho de 2024 com o mesmo mês de 2023, as receitas subiram 15,72% em valores nominais e 11,02% acima da inflação.
Segundo Barreirinhas, a elevação da previsão de déficit primário para R$ 28,8 bilhões foi principalmente causada pelo impacto da prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municípios. Esta medida, embora tenha sido benéfica para esses setores, reduziu a arrecadação esperada, contribuindo para a necessidade de ajustes no orçamento. Além disso, algumas frustrações em termos de receita também afetaram a capacidade de cobertura das despesas.
Barreirinhas explicou que, apesar do bom desempenho da arrecadação, ainda há desafios a serem enfrentados. “A arrecadação vai bem, mas está um pouco abaixo do necessário para cobrir as despesas por causa de algumas desonerações e de algumas frustrações”, afirmou. Ele destacou que, neste relatório bimestral, a desoneração dos municípios, que ainda não estava prevista no documento anterior, teve um impacto significativo, levando ao congelamento de R$ 15 bilhões de recursos do Orçamento de 2024.