O mercado retorna à superfície após o pronunciamento de Haddad realizado na noite de quarta-feira.
Diante da deterioração de todos os indicadores econômicos possíveis, o governo reiterou seu compromisso com o arcabouço fiscal, anunciando que já foram identificados cerca de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas em 2025.
Com a notícia, o dólar recuou 1,3%, cotado a R$ 5,48, e o Ibovespa retomou a marca de 126 mil pontos.
A origem de tal verba só será detalhada no relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que será divulgado em 22 de julho.
O suspiro promovido por tal medida atenua, mesmo que momentaneamente, o horizonte de uma estrutura fiscal projetada para o fracasso.
Diretamente dependente de um aumento na carga tributária (que até o momento vem sendo perseguido pelo Ministério da Fazenda), o arcabouço inevitavelmente necessitará de tais ‘medidas paliativas’, como o corte anunciado.
O corte estipulado por Haddad pode até ser capaz de equilibrar as contas para 2025, no entanto, o equilíbrio fiscal do país virá a necessitar de uma nova agenda dotada de maior compromisso com responsabilidade fiscal.
E 2026 é ano de eleição.