No início de junho, uma projeção do FMI, responsável por elencar expectativas de crescimento das economias globais em um ranking, ganhou destaque a partir da divulgação dos resultados otimistas da economia brasileira pelo próprio presidente Lula.
Utilizada em campanhas e discursos do presidente como um exemplo do êxito econômico do país, a projeção traz consigo uma importante premissa: uma taxa de câmbio de R$4,99.
Lançada em abril deste ano, a diferença entre a taxa de câmbio assumida e a taxa corrente era mínima, uma vez que o dólar era cotado a R$5,02 no início do mês em questão.
No entanto, desde seu lançamento, o dólar acumula uma alta de 9% em relação ao real, atingindo um pico de R$5,47 nesta semana.
Nesse cenário, o PIB se posiciona como um indicador sob grande influência da volatilidade cambial, que, quando observado em janelas curtas, pode refletir majoritariamente as variações cambiais em vez do crescimento econômico real de um país.
Desta forma, caso a taxa de câmbio se mantenha no patamar atual até o final deste ano, o Brasil seria, na realidade, a 11ª maior economia do mundo, perdendo duas posições em relação à colocação registrada em 2023.