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Agro é stop

Responsável por 25,2% do PIB, o agronegócio atravessa seu período mais crítico de relacionamento com o governo desde a posse de Lula.

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Os últimos dias foram marcados por intensas críticas de empresários de diversos setores ao governo Lula.

O descontentamento com a escalada tributária e a tentativa de mudança no mecanismo PIS/Cofins trouxeram incerteza para os investidores, ao mesmo tempo que reafirmaram a intenção do governo de realizar um ajuste fiscal sem conter os gastos.

Rubens Ometto, um dos nomes mais fortes do agronegócio brasileiro, declarou: “Do jeito que está, com o governo querendo meter a mão, querendo taxar tudo, não dá”.

Em seu discurso, Ometto criticou desde as políticas econômicas do governo Lula até a participação do Poder Judiciário no legislativo, expondo de maneira evidente seu descontentamento.

Tal comportamento passa uma mensagem forte sobre a opinião do agronegócio.

Ometto, por si só, representa (ou representava) uma das fatias mais amigáveis do agronegócio com o governo Lula. Em 2022, ele doou R$ 1 milhão para a campanha petista, quantia que lhe rendeu o título de maior doador do partido.

Presente em jantares políticos durante a campanha e figurando em um movimento de recuperação da confiabilidade da imagem de Lula ante ao mercado, as fortes críticas de Ometto podem demarcar uma ruptura do relacionamento anteriormente amistoso.

Mais forte do que o posicionamento de Ometto foi o de João Martins, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

Ontem (11), em um almoço da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Martins demonstrou extremo descontentamento com o executivo, revelando que o presidente gostaria de conversar com ele, mas que ele não quer falar com o Lula.

Em uma declaração bastante agressiva, Martins afirmou que chegou a hora de “darmos um basta nesse governo”, alegando que o país vive um “desgoverno”.

O período crítico entre o setor e o executivo passa uma percepção clara aos brasileiros: agro não é pop, agro é stop.


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