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A crise de 2014 explicada em 5 gráficos

Com o intuito de refrescar a memória, explicamos a maior crise econômica recente em 5 gráficos, para até o Mano Brown pegar a visão.

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O Brasil não é um país pobre à toa, isso aqui é trabalho de profissional, a gente faz um esforço imenso para ser um país pobre’. 

Promulgada pelo economista Marcos Lisboa, a frase acima, se tornou um grande lema entre discussões sobre a história de políticas econômicas utilizadas no país. 

A engenharia do fracasso, abordada por Lisboa, tem como uma de suas maiores evidências empíricas a crise de 2014.

Historicamente questionada pela ala de esquerda como uma ‘crise manufaturada’, a discussão sobre as origens e os efeitos do maior desastre econômico recente do país ganhou força nos últimos dias, com o rapper Mano Brown questionando sua existência.

Com o intuito de refrescar a memória daqueles que possuem dificuldade de compreender a magnitude dos erros cometidos por Dilma Rousseff, Guido Mantega, Alexandre Tombini e demais, separamos 7 gráficos sobre o período.

1. Déficit Primário


Indicando o saldo das contas do governo, os déficits e a política fiscal em geral foram um dos vários Calcanhares de Aquiles expostos pelo governo Dilma.

O andar da política fiscal brasileira durante o Governo Dilma é a demarcação do rompimento de um padrão de superávits sólidos exercidos desde o final da década dos anos 90. 

Em um movimento completamente descolado de qualquer crise de natureza internacional, Dilma conduziu as contas públicas para o maior déficit primário de sua história em 2016, de R$154 bilhões, ou 2,6% do PIB.

2. Inflação

Personagem responsável pelo início do debate sobre autonomia do Banco Central no Brasil, Alexandre Tombini sucedeu Henrique Meirelles na presidência do BC, em 2010. Durante sua gestão, marcada pela intensa interferência política por parte do PT nas decisões monetárias, Tombini protagonizou reduções de juros ‘na marra’.

O resultado não poderia ser outro, a inflação nunca atingiu a meta estabelecida pela instituição (4,5%), chegando a registrar um pico de 10,67% em 2015, totalizando uma inflação média de 7% ao longo de seu mandato.

(sem mencionar, é claro, da tentativa eleitoreira de Dilma Rousseff de maquiar a inflação em 2014, represando os chamados preços administrados para maquiar a estatística por trás dos números)

3. Dívida Pública

A visão de Dilma sobre o estado como ‘motor da economia’, pautada por investimentos massivos nos mais diversos espectros e pela ampliação da máquina pública, resultou na inevitável disparada da dívida pública.

Em 2015 o Brasil registrou o maior gasto com funcionários públicos do século, que quando aliado a projeções superestimadas de arrecadação, procedeu em uma gigantesca bomba fiscal.

Com isso, a dívida pública saltou de 50% do PIB para 67% em um intervalo de apenas 2 anos.

4. Recessão

Toda conjuntura previamente citada resultou em um abrupto movimento de queda de produtividade econômica no país, com o registro de 7 quedas consecutivas do PIB em suas observações trimestrais.

Em 2015, o Brasil registrou uma queda total de 2,8% de seu PIB, o pior resultado desde 1990.

A recessão se deu de maneira completamente local, com o FMI apontando uma projeção média de crescimento do PIB em 2016 de 4% para os países emergentes, enquanto o Brasil amargava uma retração de -3,8%.

5. Taxa de Desemprego

A deterioração do mercado de trabalho se tornou evidente em 2015 e 2016. Ao todo em 2015 foram destruídas 1,54 milhões de vagas formais, com um pico de 13,7% registrado no início de 2017, com o governo Temer ainda lidando com a herança dos anos anteriores.

No saldo final, Dilma assumiu o país sob uma taxa de 5,3% e deixou-o com uma taxa de 11,6%.


Artigo construído com base nos gráficos elaborados por Gabriel Tenoury, para o ILISP.

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